O vereador de Esteio Leo Dahmer (PT), apresentou, na sessão
desta terça-feira (22), um requerimento ao Governo do Estado solicitando
informações sobre a campanha de divulgação da consulta popular do Programa de
Concessões de Rodovias, principalmente sobre o lote 01, que contempla o pedágio
a ser instalado na RS-118. O parlamentar denuncia que a suposta consulta
pública é complexa e não pode ser compreendida como um instrumento de
participação popular. “Não existe consulta pública sobre o pedágio, mas um
mecanismo de opinião sobre alguns itens do projeto. Esse conteúdo é encaminhado
para um e-mail sem qualquer retorno que possibilite o acompanhamento sobre o
processo, que fica monopolizado somente pelo Governo do Estado”, explica Leo. O vereador defende que seja feito um amplo
debate sobre a política de concessões, que prevê a instalação de 22 postos de
pedágio nas estradas gaúchas, sendo quatro deles no entorno de Esteio.
O vereador sustenta que o preço cobrado nas praças de
pedágio, que variam de R$ 5 a R$ 10 Reais, tornam a vida de todas as pessoas
mais cara. O preço do pedágio na RS-118 será em torno de R$ 7,00, em um
contrato que não permite qualquer flexibilização às comunidades locais. É um
péssimo negócio para a comunidade produtiva de Esteio e de toda a Região. “A
discussão não pode se limitar sobre onde será instalada a praça de pedágio, travando
uma disputa entre os municípios de Esteio e Sapucaia do Sul contra Gravataí,
Cachoeirinha, Alvorada e Viamão”, explica e segue: “A instalação da praça de
pedágio em qualquer ponto da RS-118 irá impactar no custo da produção e da
logística de todas as empresas. São R$ 14 Reais a mais por viagem, ao cobrar a ida
e a volta de um percurso, por um período de 30 anos. Isso irá onerar todos os
produtos gerados no Rio Grande do Sul”, conclui o parlamentar.
Movimento RS-118 Sem Pedágio ganha apoio de lideranças
regionais
Leo Dahmer foi um dos mediadores de uma live realizada na
quinta-feira (17), juntamente com a vereadora Giovana Thiago, de Alvorada, que
reuniu lideranças da região em apoio ao Movimento RS-118 sem Pedágio. O ato
contou com a participação de representantes de São Leopoldo, Sapucaia do Sul,
Esteio, Canoas, Alvorada, Cachoeirinha, Gravataí e Viamão. O grupo de
lideranças era constituído por vereadores, empresários, sindicalistas, ativistas
do movimento social, integrantes da Assembleia Legislativa, representantes das
associações comerciais e industriais da região e da Federasul. O parlamentar
relata que o Movimento RS-118 Sem Pedágio está organizando campanhas com outdoors,
distribuição de adesivos para carros e cogitam a possibilidade de fazer
interrupções na rodovia em protesto ao pedágio. “Eu acredito que esse movimento
é do interesse de todas as lideranças políticas que, de fato, não querem a instalação
de Pedágio na RS-118”, sustenta Leo. O parlamentar quer que prefeitos e
vereadores tenham uma posição mais clara nesse momento, tendo em vista que a
proposta da instalação da praça de pedágio na RS-118 está dada como certa pelo
governo. Leo compreende que a proposta da Mesa Diretora da Câmara de chamar os
proponentes encarregados da implementação do programa de concessão de rodovias não
é suficiente para evitar a instalação do pedágio, tendo em vista que se trata
de uma determinação do governo. “Não é certo se contentar porque a praça do pedágio
estará mais próxima do município vizinho, pois todos nós circulamos nas
regiões, que agora passarão a ter 22 pontos de pedágio”, explica Leo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário